Óleo essencial de cipreste - Natu Donum Aromaterapia

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Óleo essencial de cipreste (Cupressus sempervirens)

O cipreste é uma árvore conífera que lembra a imagem de uma chama e cuja longevidade é extraordinária: até três mil anos! Cupressus sempervirens (do latim cipreste sempre vivo) é o símbolo da imortalidade.  A destilação a vapor de suas agulhas e galhos produz um óleo amarelo-claro, com aroma levemente picante, amadeirado, ligeiramente doce, adstringente e refrescante.

Composição (aproximada – pode haver variações):

Monoterpenos (~80%): pinenos, careno
Sesquiterpenóis (<5%): cedrol

Propriedades terapêuticas:
Anti-inflamatório, antimicrobiano, antioxidante, antiglicante.

Descongestionante venoso e linfático, vasoconstritor, indicado para varizes, hemorróidas, celulite, má circulação, edemas nos membros inferiores, aliviando o mal estar das pernas cansadas, estimula o movimento dos líquidos corporais.

Descongestionante prostático, podendo ser usado em prostatites e congestão prostática.

Problemas respiratórios: antitussígeno, indicado para acalmar tosses espasmódicas, secas e irritativas, bem como perda da voz, alivia também sintomas de bronquite, tosse com espasmos e catarro, rinite, asma.

Adstringente e cicatrizante, útil nos cuidados de acne e caspa e adequado para pele oleosa.

Antissudorífico ajuda a regular a transpiração excessiva nas mãos, pés e axilas além de ser antisséptico.

Indicado também para tensão nervosa e estresse.

Auxilia na enurese infantil.

Tônico intestinal útil em lentidão intestinal e pancreática.

“Strogen like”, acalma os sintomas menopáusicos.

Energeticamente este óleo essencial encoraja a força interior e o desenvolvimento espiritual, conduz ao silêncio interior, desabrochar da sabedoria e ao amadurecimento. Seu aroma trabalha o desapego e promove um efeito antiestresse, liberando mágoas antigas, culpas e tristezas.

Contra-indicações: mesmo com baixos teores de cedrol este óleo essencial deve ser evitado por pacientes diagnosticados com câncer estrogenodependente.

Estudos:
Apresentamos a seguir um breve resumo de estudos científicos ou revisões bibliográficas publicados em artigos de revistas, bem como nos livros e outros materiais consultados. Classificamos os estudos abaixo por ações do óleo essencial.

Acne:
Em matéria publicada em Laszlo, 2013 é citado um estudo realizado no Laboratório de Cosmetologia e Estética da UNIVALI em Santa Catarina, no qual foi utilizado o óleo essencial de Cupressus sempervirens no tratamento de voluntários que apresentavam acne em graus I,II e III. Após 15 dias de uso de protocolo contendo este óleo essencial observou-se nos voluntários uma grande melhora no processo inflamatório, diminuindo o aspecto de vermelhidão nos locais das lesões, melhora na cicatrização das lesões da acne que diminuíram em tamanho e quantidade além de um leve ressecamento da pele e das lesões com um efeito de diminuição na produção de sebo.

Anti-inflamatória:
Em pesquisa publicada em 2014, o óleo essencial de cipreste demonstrou ser um bom eliminador de NO (óxido nítrico), substância que está envolvida em processos inflamatórios, sendo assim este óleo essencial age como anti-inflamatório, além disso, nesta mesma pesquisa foi verificada a ação antiproliferativa deste óleo essencial (RHIND, 2019).

Antimicrobiana (antibacteriana, antifúngica), Antioxidante e Antiglicante:

Este óleo essencial pode ser usado no tratamento de micoses, caspa, fungos aéreos causadores de alergias, por causa de seu efeito antimicrobiano conforme estudo publicado em 2010 citado na matéria publicada no jornal da Laszlo,2013. Ainda nesta matéria é abordado que um dos potencias terapêuticos mais interessantes é o efeito sobre processos purulentos, apresentando resultado muito rápido em secar o pus de furúnculos e abcessos (LASZLO, 2013).

Em 2012, foi publicado estudo avaliando atividade antibacteriana e antioxidante de alguns óleos essenciais, dentre eles o óleo essencial de cipreste. O óleo essencial de cipreste utilizado apresentou como componentes majoritários o cedrol (21.29%), careno (17.85%), α-pineno e (6.9%) e 2-β-pineno (2.18%) e demonstrou atividade antibacteriana contra as bactérias testadas: B. subtilis, E. coli, S. aureus. O óleo essencial de cipreste também demonstrou atividade antioxidante (ELANSARY et al, 2012).

Em outro estudo publicado também em 2012, a atividade antioxidante do óleo essencial de Cupressus sempervirens L. foi avaliada medindo o efeito de eliminação de radicais em 2, 2-difenil-1-picrilhidrazil (DPPH) e usando o 2, 2'-azinobis (3-etilbenzotiazolina-6-sulfonato)(ABTS)ensaio. A atividade antimicrobiana foi obtida em dez microorganismos de deterioração de alimentos Pseudomonas aeruginosa, Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Bacillus subtilis, Halomonas alongado, Salmonella typhimurium, Enterococcus hirae, Aspergillus niger, Candida albicans e Trichoderma reesei. Os resultados sugerem que o óleo essencial de C. sempervirens pode ser utilizado como uma fonte facilmente acessível de agente antimicrobiano e como antioxidante natural (BOUKHRIS et al,2012).

Em estudo publicado em 2013, o óleo essencial de C. sempervirens var. horizontalis revela propriedades antioxidantes e antiglicantes que podem desempenhar um papel importante na prevenção de complicações cardiovasculares, como o endurecimento de artérias, e também na prevenção de doença de Alzheimer, do câncer, problemas circulatórios e de neuropatias periféricas. Essas ações podem ainda contribuir para prevenção do endurecimento do colágeno, podendo ser útil em produtos antienvelhecimento. (RHIND, 2019 e LASZLO, 2013)

Em revisão de literatura publicada em 2013, com o objetivo de verificar o uso de óleos essenciais em embalagens antimicrobianas, e um dos óleos essenciais citados foi o óleo essencial de cipreste pois apresentou atividade antimicrobiana quando testado em 18 gêneros de bactérias, que incluíram alguns patógenos importantes e bactérias deteriorantes em alimentos (MONTES et al, 2013).   

Em 2014, foi publicado estudo em que este óleo essencial demonstrou boa atividade contra bactérias gram-positivas e gram-negativas, principalmente contra Klebsiella peneumoniae, bactéria que pode causar infecção no trato respiratório e que frequentemente está envolvida em infecções nosocomiais (hospitalares), sendo sugerido que estas ações seriam em função de seus componentes α-pineno e cedrol (RHIND, 2019).

Em revisão publicada em 2016, foram citados seis estudos publicados em que o óleo essencial de cipreste exerceu atividade antibacteriana e antifúngica em diversas bactérias e fungos testados nos estudos. As bactérias e fungos testados nestes seis estudos foram: Bacillus cereus, Enterococcus feacalis, Serratia marcescens, Staphlococcus aureus, Aeromonas hydrophila, Escherichia coli, Klebsiella pneumonia, Proteus vulgaris, Pseudomonas aeruginosa, Salmonella indica, Bacillus subtilis, Halomonas elongate, Salmonella typhimurium, Enterococcus hirae, Aspergillus niger, Candida albicans, Trichoderma reesei, Fusarium culmorum, Fusarium oxysporum, Fusarium equisiti, Fusarium verticillioides, Fusarium nygamai, Botrytis cinerea, Microdochium nivale var. nivale e Alternaria sp. Além disso, foram citados dois estudos publicados em que o óleo essencial de cipreste demonstrou alta ação antioxidante (AL-SNAFI, 2016).

Estresse:
Em uma revisão de literatura, publicada em 2014, cujo objetivo foi investigar a utilização dos óleos essenciais no tratamento do estresse, o óleo essencial de cipreste é citado como restaurador dos nervos e sedativo, usado para irritabilidade e nervosismo (PAGANINI & FLORES E SILVA, 2014).

Sistema Imunológico:
Em matéria publicada em Lazslo, 2013 são citados estudos publicados em 2008 e 2009, onde cientistas japoneses observaram que moléculas aromáticas (α e β-pineno principalmente) exaladas de coníferas no ar da floresta interferiam no sistema imunológico aumentando a quantidade e atividade dos linfócitos NK (natural killers) por até 7 dias depois que as pessoas retornavam para a cidade. Além disso, foi também observada uma redução da concentração de adrenalina na urina agido assim positivamente no aumento da imunidade e diminuição de stress. Também fizeram testes colocando óleo essencial de hinoki, cuja composição é muito semelhante ao óleo essencial de cipreste, num difusor para que fosse inalado por doze voluntários durante três noites num quarto de hotel na cidade. Na coleta de sangue e urina destes voluntários observou-se os mesmos resultados antes vistos nas pessoas que inalaram o ar da floresta por três dias.



Referências bibliográficas:

AL-SNAFI, A. E. Medical importance of Cupressus sempervirens - A review. IOSR Journal Of Pharmacy, v. 6, n.6, p. 66-76, 2016.

BAUDOUX, Dominique. O grande manual da aromaterapia de Dominique Baudoux. Tradução: Mayara Correa e Castro. Belo Horizonte: Editora Laszlo, 2018.

BOUKHRIS, M. et al.  Chemical Composition and Biological Potential of Essential Oil from Tunisian Cupressus sempervirens L.  Journal of Arid Land Studies, v.22, n.1, p. 329 -332, 2012.

CLARKE, Sue. Química essencial para aromaterapia. Tradução de Renata Maria Badin. Belo Horizonte: Editora Laszlo, 2020.

EIDSON, Deborah. Cura vibracional: revelando a essência da natureza por meio dos óleos essenciais na aromaterapia. Tradução de Rosana Laura Romeros. Belo Horizonte: Editora Laszlo, 2019.

ELANSARY, H.O et al. Chemical Composition, Antibacterial and Antioxidant Activities of Leaves Essential Oils from Syzygium cumini L., Cupressus sempervirens L. and Lantana camara L. from Egypt. Journal of Agricultural Science, v. 4, n. 10, 2012.

Guia Prático de Aromaterapia. 2ª edição on line 2019. Disponível em https://terra-flor.com/loja/ebooks/guia-pratico-de-aromaterapia-2a-edicao/. Acesso em 14/05/2020.

LAVABRE, Marcel. Aromaterapia: A cura pelos óleos essenciais. Tradução de Cecília Barbosa. Belo Horizonte: Editora Laszlo, 2018.

LASZLO. Cipreste: A árvore do desapego. Jornal de Aromatologia. Belo Horizonte, p.6. jun. 2013.

LASZLO. Cipreste apresenta ação positiva no tratamento da acne. Fabíola Ferreira de Souza, Liz Gonçalves Sucupira e Marcela Machado (UNIVALI).  Jornal de Aromatologia. Belo Horizonte, p.6. jun. 2013.

MONTES, S. S. et al. Óleos essenciais em embalagens para alimentos – revisão de literatura de 2000 a 2012. Perspectivas da Ciência e Tecnologia, v.5, n. 1/2, 2013.

PAGANINI, T.; FLORES e SILVA, Y. O uso da aromaterapia no combate ao estresse. Arq. Ciênc. Saúde Unipar, Umuarama, v. 18 n. 1,p. 43-49, jan./abr. 2014.

RHIND, Jennifer Peace. Sinergias Aromáticas: Aprendendo a combinar corretamente os óleos essenciais. Tradução de Renata Maria Badin. Belo Horizonte: Editora Laszlo, 2019.

WOLFFENBÜTTEL, Adriana Nunes. Base da química dos óleos essenciais e aromaterapia: abordagem técnica e científica. 2ª ed. Belo Horizonte: Editora Laszlo, 2016.

Por Edna Caliari Boni em 18/06/2021
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